Jornal Correio Braziliense

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Do desconhecimento à maternidade




;Eu sofro com a artrite idiopática juvenil (AIJ) poliarticular desde os 10 anos. Ela apareceu como uma dor no pulso. O falecimento da minha avó fez com que as dores piorassem, muito provavelmente pelo efeito psicológico. Procurei um especialista em ortopedia e, depois, um reumatologista, que iniciou o meu tratamento. Na minha época, não sabíamos tanto sobre essas doenças, mas, nos últimos anos, isso mudou. O uso dos medicamentos biológicos me ajudou bastante, eles me proporcionaram mais qualidade de vida. Eu tenho próteses nos dois joelhos e coloquei, no ano passado, uma no quadril, algo que me ajudou bastante também, pois, se não tivesse essa opção, ia sofrer muito mais com as dores. Esses avanços recentes têm me ajudado bastante e também outras pessoas que conheço. Acredito que é importante frisar isso, pois muitos pais que enfrentam um diagnóstico como o meu pensam que seus filhos não vão ter uma vida saudável e normal. Isso não é verdade. Eu sou um exemplo disso, sempre quis engravidar, mas muita gente acreditava que seria impossível. Hoje, estou aqui com Victoria, minha filha que tem 3 anos;

Juliana Amo, 36 anos, psicóloga