Entre os que se encontram no acampamento, estão colombianos, venezuelanos, peruanos, bolivianos e cubanos.
Nos últimos nove meses, eles fizeram seu lar em um armazém abandonado na cidade de Saint-Ouen, fugindo da pobreza e da falta de oportunidades em seus países.
Em 30 de julho, em virtude de uma decisão judicial, foram expulsos do local.
Desde então, 130 pessoas, sendo 40 crianças e várias grávidas, vivem em barracas de campanha diante da prefeitura da cidade.
Pela manhã, precisam desfazer o acampamento antes da chegada dos policiais.
Os imigrantes contam com a ajuda de voluntários e com doações de moradores.
"Sabemos que somos imigrantes e, infelizmente, alguns não se portam muito bem. Mas o prefeito não nos conhece, não sabe que tipo de pessoas somos. Gostaríamos que nos conhecesse", afirma Mauricio Gómez, um colombiano que atua como pastor da comunidade improvisada.
A prefeitura de Saint-Ouen diz que não corresponde a ela cuidar dos imigrantes. Alguns estão na condição de asilados, mas a maioria se encontra em situação ilegal.
O município alega que foi preciso desalojá-los do armazém que ocupavam, porque está prevista a construção de uma escola no local.
Procuradas pela AFP, as autoridades regionais disseram que se ofereceu alojamento em hotéis para 29 famílias com filhos, à espera de uma solução mais definitiva.