"O doente confirmado de ebola em Goma morreu, e já foram tomadas todas as medidas para cortar o canal de contaminação", declarou à AFP Jean-Jacques Muyembe, o novo funcionário nomeado pela presidência para coordenar a resposta à epidemia.
O paciente havia chegado ao centro de tratamento "no 11; dia de sua doença. Realmente não tinha esperança, porque a doença estava muito avançada. Então morreu na noite de terça para quarta", indicou o coordenador da luta contra o ebola na província Kivu do Norte, Aruna Abedi.
O homem falecido em Goma - capital de Kivu do Norte e fronteiriça com Ruanda - é o segundo caso registrado nesse grande centro urbano do leste do país. Há duas semanas, detectou-se o primeiro.
Cinco embarcações que saíram de Goma foram imobilizadas nesta quarta no porto de Bukavu, do outro lado do lago Kivu, para serem submetidas a controle sanitário, o que gerou preocupação na cidade.
Esta epidemia de ebola na República Democrática do Congo deixa 1.790 mortos desde agosto de 2018, e é a mais grave da história da doença desde a que afetou a África entre o final de 2013 e 2016.
Em meados de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a doença à categoria de "emergência de saúde pública de alcance internacional".