A presença de três integrantes do Biro Político, a alta cúpula do Partido Comunista de Cuba (PCC), marcou ontem as homenagens públicas, na Catedral de Havana, ao cardeal Jaime Ortega, morto na última sexta-feira. O religioso, que tinha 82 anos e liderou a Igreja Católica na ilha por 35 anos, até 2016, foi interlocutor incansável com o regime comunista e um dos artífices da reaproximação com os Estados Unidos ; os dois países reataram relações diplomáticas em 2015, após meio século.
Assistiram à missa fúnebre os vice-presidentes Salvador Valdés e Roberto Morales, assim como o presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Esteban Lazo. Outros altos funcionários do partido e do governo estiveram presentes ao culto, celebrado pelo arcebispo de Havana, Juan de la Caridad García.
O primeiro-secretário do PCC, Raúl Castro, e o presidente Miguel Díaz-Canel, que está na Venezuela participando do encerramento do Foro de São Paulo, enviaram coroas de flores. O cardeal Ortega foi sepultado no Panteão dos Bispos do cemitério de Colón, em uma cerimônia privada.