O ex-conselheiro especial Robert Mueller negou nesta quarta-feira a alegação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que este tenha sido inocentado totalmente em uma investigação federal sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016. Mueller disse ao Congresso que ele explicitamente não inocentou o presidente de obstruir sua investigação, além de rejeitar as alegações do presidente de que a apuração fosse uma "caça às bruxas".
Também ex-diretor do FBI, Mueller ainda condenou o elogio de Trump ao WikiLeaks, que vazou e-mails democratas roubados pela Rússia. Ele declarou a interferência russa como um dos maiores desafios à democracia que encontrou em sua carreira.
Em depoimento no Congresso americano, Mueller relutou em sair de seu detalhado relatório por escrito, respondendo muitas vezes de modo monossilábico. Com isso, houve poucas novas revelações sobre o caso. Os republicanos tentaram retratá-lo como um homem com motivações políticas, enquanto os democratas buscaram enfatizar as conclusões incendiárias do relatório de 448 páginas sobre a interferência russa na última corrida presidencial. Fonte: Associated Press.