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Procurador diz que sua investigação sobre russos 'não isenta Trump'

Robert Mueller responde perguntas em audiência no Congresso dos Estados Unidos

O procurador especial que estudou o envolvimento russo nas eleições americanas, Robert Mueller, disse nesta quarta-feira (24) em uma audiência ante o Congresso dos Estados Unidos que suas investigações não isentam o presidente Donald Trump.

Indagado se sua investigação exonerou totalmente Trump, Mueller respondeu "não", mesmo depois de ter declarado no início da sabatina do Comitê Judicial da Câmara dos Deputados que não poderia responder a todas as perguntas que seriam feitas.

"Por exemplo, não posso responder a perguntas sobre as investigações do FBI na Rússia", afirmou no início do procedimento.


Rússia nega envolvimento

A Rússia negou qualquer interferência eleitoral nos Estados Unidos novamente, antes que o promotor especial Robert Mueller comparecesse perante o Congresso americano para falar sobre a suposta interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.

"Não há base que confirme que a Rússia tentou interferir" no processo eleitoral dos Estados Unidos, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergey Riabkov, a agências de imprensa russas.

Da mesma forma, Riabkov disse que "evidentemente planeja acompanhar" o comparecimento do promotor especial ante o Congresso.

O relatório de Mueller, que liderou a investigação por dois anos, concluiu que o governo russo interferiu na votação pelas redes sociais.

Por outro lado, o diretor do FBI, Christopher Wray, alertou na terça-feira que a Rússia também pretende interferir nas eleições americanos no próximo ano, algo que Riabkov negou.

"Não há base para confirmar que a Rússia tentou interferir ou pretende interferir, não, isso é impossível", afirmou.