Os Estados Unidos combinaram com países latino-americanos ações coordenadas contra o Hezbollah, grupo armado de origem libanesa que supostamente tem apoio financeiro do Irã. O compromisso foi firmado nesta sexta-feira, em meio a tensões diplomáticas com o país persa.
"Muitas nações estão dizendo a verdade sobre o Irã, é um terror global", disse o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, no encerramento da Segunda Conferência Ministerial Hemisférica sobre o Combate ao Terrorismo, em Buenos Aires. "O Hezbollah mantém uma forte presença na América do Sul", completou.
A visita de Pompeo à América Latina faz parte do objetivo de recuperar a influência dos EUA na região, após governos de centro-esquerda que mantinham resistência à presença americana deixarem o poder. "Sob a liderança do presidente Donald Trump, o nosso governo faz um esforço para se reconectar com parceiros da América Latina", afirmou o alto funcionário da Casa Branca, salientando que as relações entre os países do continente estão em uma "nova era".
Os chanceleres que participaram do evento - entre eles o brasileiro, Ernesto Araújo - expressaram preocupação com o risco de que grupos terroristas possam se refugiar em países com conflitos internos, como a Venezuela. "A Venezuela também serve como mais uma lembrança da determinação do Irã de semear a destruição e a morte", alertou Pompeo.
Nesse sentido, EUA, Argentina, Paraguai e Brasil chegaram a um acordo sobre mecanismos de segurança nacional para uma melhor coordenação política e diplomática contra o terrorismo. Os quatro países terão reuniões a cada seis meses, a primeira em setembro em Assunção, capital do Paraguai.
"Nós concordamos em relação ao perigo que o Hezbollah significa em nossa área", disse o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Faurie. Fonte: Associated Press.