Mueller deveria comparecer em 17 de julho perante o Comitê Judiciário e de Inteligência da Câmara de Representantes, mas o compromisso acabou sendo adiado, anunciaram os democratas Jerry Nadler e Adam Schiff, presidentes da Comissão Judiciária e da Comissão de Inteligência da Câmara de Representantes, respectivamente.
De acordo com a imprensa americana, os membros de ambos os comitês consideraram as sessões muito curtas, e estão em curso as negociações para audiências mais longas.
Finalizado em março após mais de dois anos de investigação sobre a ingerência russa nas eleições de 2016, o relatório de Mueller documentou vários casos de contato entre a equipe da campanha de Trump e a Rússia, mas concluiu que não havia motivos para aplicar acusações de conspiração criminal contra o presidente.
O documento também revelou que Trump tentou obstruir a investigação dez vezes, mas Mueller se absteve de recomendar ações criminais contra o magnata republicano.
Após a resolução, Trump argumentou que a evidência de sua inocência era clara. Já membros da oposição democrata no Congresso aumentaram seus pedidos por mais investigações e até pela abertura de um processo de "impeachment", alegando que o documento denunciava atos criminosos.
Em 29 de maio, Mueller esclareceu que não isentou Donald Trump de culpa na acusação de obstrução de Justiça, mas que o Departamento de Justiça o impediu de acusar o presidente.
Na sexta-feira, a representante democrata Jerry Nadler anunciou que sua comissão está considerando abrir um processo de "impeachment", mas que ainda não se tomou uma decisão final.