"Foi detido na Espanha o senhor Enzo Franchini (...). O Ministério Público informa que iniciou os trâmites necessários ante as autoridades competentes" para "a imediata extradição do suposto homicida de Orlando Figuera", informou o procurador-geral, Tarek William Saab, no Twitter.
Figuera, de 21 anos, morreu na noite de 3 de junho de 2017 depois de ter sido esfaqueado e queimado durante um protesto da oposição em 20 de maio daquele ano em Caracas. Sofreu queimaduras em 80% do corpo.
O caso de Figuera, que segundo o governo foi linchado após ser apontado como chavista, é qualificado por altos funcionários como um "crime de ódio".
"Ante este repugnante crime de ódio", a Procuradoria atribuiu a Franchini os crimes de "instigação pública, homicídio intencional qualificado e terrorismo", acrescentou Saab.
O caso ocorreu durante a onda de protestos ocorridas entre abril e julho de 2017 para exigir a saída de Maduro do poder.
Dirigentes opositores e organizações defensoras dos direitos humanos denunciaram então uma forte repressão de policiais e militares contra as mobilizações registradas em Caracas e outras cidades do país, que deixaram 125 mortos.