Observadores apontam, contudo, que este acontecimento é uma miragem, já que persistem longas e ásperas negociações sobre a aplicação progressiva da Zlec, que pode incluir potencialmente 55 países e 1,2 bilhão de pessoas, para um Produto Interno Bruto (PIB) acumulado de mais de 2,5 trilhões de dólares.
Na cúpula de Niamey, deve se revelar em que país será estabelecido o secretariado da Zlec - Gana e Esuatini, a antiga Suazilândia, estão entre os candidatos -, mas as "negociações sobre alguns pontos muito importantes ainda não terminaram", destaca Trudi Hartzenberg, diretora do centro jurídico sul-africano Tralac, especialista em temas comerciais.
Este tratado precisa favorecer o comércio no continente, atrair investidores e permitir que os países africanos se libertem da exploração de matérias-primas. A UA estima que o projeto permitirá aumentar em cerca de 60% o comércio dentro do continente africano até 2022.
Críticos do projeto condenam a falta de complementariedade das economias africanas e temem que as importações a preços reduzidos asfixiem os pequenos produtores agrícolas e industriais.