Moscovici destacou que o novo acordo comercial entre União Europeia (UE) e Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) é um "bom acordo porque obriga os países sul-americanos, e em particular o Brasil, a respeitar os acordos de Paris" sobre o clima.
O comissário francês, que permanecerá no cargo até 31 de outubro, também defendeu os efeitos econômicos do acordo, "que abre um mercado muito importante para os europeus europeus" e que "economiza 4 bilhões de euros, sendo 800 milhões apenas para a França".
Ao comentar a oposição dos agricultores europeus, ele colocou em perspectiva o impacto da importação de 99.000 toneladas de carne bovina sul-americana pela Europa, o que, segundo ele, "representa 0,5% do mercado".
Na terça-feira, agricultores de toda a França protestaram e denunciaram as "profundas distorções de concorrência" que temem sofrer, com a importação de produtos agrícolas (especialmente carne bovina e açúcar) procedentes da América Latina, produzidos a um custo menor.
O acordo deve ser ratificado pelo Parlamento Europeu e os Parlamentos nacionais antes de entrar em vigor.