[FOTO1]O voto dos eurodeputados franceses a favor do acordo comercial entre a UE e o Mercosul não está garantido, indicou nesta segunda-feira (1;) um deputado da formação europeia do presidente francês Emmanuel Macron.
Após 20 anos de negociações, a União Europeia e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) chegaram a um acordo de livre comércio na sexta-feira.
Mas as críticas foram imediatas, especialmente entre os agricultores europeus, que denunciam que esse pacto os exporá à concorrência desleal.
"Até agora eu não vi o acordo, ninguém viu, exceto a Comissão Europeia", disse Pascal Canfin, eurodeputado da plataforma Renaissance (Renascimento) de Emmanuel Macron, falando à rádio RTL.
Portanto, "nada é garantido em termos de ratificação no Parlamento Europeu, e no que diz respeito aos 23 membros da lista da Renascença, vamos analisar, mas o nosso voto a favor não está garantido", acrescentou.
O deputado destacou o impacto do acordo sobre o sector agrícola e disse que ainda não viu o mecanismo de salvaguarda previsto para "interromper as importações se o acordo desestabilizar os sectores europeus, especialmente os franceses".