"Atravessar essa linha é uma grande honra", disse Trump ao cruzar a fronteira. Questionado pela imprensa se convidaria Kim para uma visita aos Estados Unidos, Trump respondeu que "convidaria agora". Os dois líderes e vários membros de seus governos fizeram uma reunião a portas fechadas que durou quase uma hora. Eles saíram do encontro com o compromisso de retomar as negociações nucleares que haviam parado depois que a cúpula de fevereiro, no Vietnã, terminou abruptamente e sem um acordo.
Desde a cúpula em Hanoi, os dois lados mostraram que estão profundamente divididos sobre como e quando Pyongyang deveria renunciar ao seu arsenal nuclear. Durante uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no entanto, Trump rejeitou a ideia de que nada de substancial havia mudado desde o encontro no Vietnã, argumentando que seus esforços desde a eleição resultaram em avanços significativos em direção a um acordo.
A rápida reunião deste domingo é um desenvolvimento extraordinário, embora seja duvidoso que qualquer dos lados tenha mudado sua posição na negociação, disse Kim Chun-sig, ex-autoridade do ministério de unificação da Coreia do Sul. "Quando as conversas forem retomadas, ambos os lados vão se deparar com a mesma parede e vão repetir o que foi dito até agora", disse ele.
Pyongyang quer se desarmar em um processo gradual, passo a passo, já que os EUA removem algumas penalidades econômicas no regime carente de dinheiro. Washington, por sua vez, deseja que o Norte concorde com especificidades antes que as sanções sejam relaxadas.