Ela foi condenada por "resistência à autoridade" após reagir à ação de um agente policial em um local público onde, pouco antes, tinha beijado com sua mulher, Rocío Girat, na frente dele. O fato ocorreu em 2 de outubro de 2017 em frente à estação Constitución do metrô na capital argentina, onde ambas se protegiam da chuva, enquanto Mariana fumava um cigarro, que o agente lhe mandou apagar.
[SAIBAMAIS]"O oficial lhe disse ;pô, cara, larga o cigarro; e apalpou seus peitos, enquanto a Mariana se reivindicava o tempo todo como mulher", relatou Rocío sobre este momento, filmado por outras pessoas. O policial argumentou que sua ação é respaldada pela lei antitabaco e que a mulher resistiu a ser detida.
Movimentos de defesa dos direitos LGBT classificaram o acontecimento como "lesbofóbico". "O que aconteceu é um chute nos nossos direitos", afirmou Rocío. Na próxima sexta, serão divulgados os fundamentos da condenação, decidida por uma juíza com base em uma acusação de uma procuradora.
O advogado de Mariana, Lisandro Teszkiewicz, negou que ela tenha resistido à autoridade e afirmou que a mulher "foi alvo de humilhações e vexações". Ele adiantou que vai recorrer, se for necessário, à Suprema Corte e à Corte Interamericana de Direitos Humanos. "Não convalidaremos o retrocesso de direitos na Argentina", afirmou.