A movimentação ocorre menos de três meses depois de um cargueiro militar russo ter chegado ao terminal com peças e especialistas enviados pelo Kremlin a Caracas, numa medida que provocou críticas dos Estados Unidos.
O avião Ilyushin, com o prefixo RA-86496, está registrado na Força Aérea e tem o mesmo código de uma aeronave que pousou no terminal em março.
Na ocasião, o presidente Donald Trump pediu que a Rússia retirasse seus militares do país. O Kremlin falou que a equipe era apenas de assessoria técnica. O governo venezuelano não comentou a chegada do avião.
Alerta chavista contra os EUA
Mais cedo, antes da chegada do avião, presidente Nicolás Maduro acusou o chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, Craig Faller, de semear intrigas entre os militares venezuelanos.
"É possível acreditar na felicitação que ele tenta preencher com intriga, farisaísmo, falsidade, hipocrisia? (...) Por favor, por favor! Eles nos tratam como se fôssemos um povo ignorante", disse o presidente em uma cerimônia militar.
No domingo, Faller dirigiu uma carta aberta aos militares venezuelanos pela celebração da batalha pela independência de Carabobo, na qual destacou que "eles têm um papel essencial (...) em restaurar a esperança e a segurança de seu povo".
"Eu sei que agora há muitas diferenças que nos dividem", acrescentou o almirante, dizendo esperar que em breve as forças militares venezuelanas "retornem à fraternidade profissional e (...) trabalhem juntas".
Durante a comemoração do 198 aniversário da Batalha de Carabobo, fundamental para a independência venezuelana, Maduro afirmou que o corpo militar é "bem disciplinado, bem organizado, unido e coeso como nunca antes".
"É possível acreditar, ao mesmo tempo em que ameaça invadir nosso país, que ele respeita e ama nossas Forças Armadas?", questionou o líder socialista ao lado do alto comando militar.
Washington é o principal aliado do líder da oposição Juan Guaidó, reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por cinquenta países, que busca romper o apoio militar a Maduro para estabelecer um governo de transição que convoque eleições. (Com agências internacionais)