Enquanto Estados Unidos e Irã ensaiam um confronto militar, parece já existir uma batalha cibernética entre os dois países. Washington afirmou que na quinta-feira, mesmo dia em que o presidente Donald Trump desistiu de usar a força militar contra Teerã, ele autorizou o lançamento de operações ofensivas direcionadas a um grupo de sistemas computacionais de inteligência iraniana.
Segundo o jornal Washington Post, os ataques partiram do Comando Cibernético e um deles tinha como alvo sistemas usados para controlar lançamentos de mísseis e foguetes. A fonte ouvida pelo jornal se recusou a dar detalhes específicos sobre a estratégia, mas disse que os ciberataques não envolveram perda de vidas e foram considerados ;muito; eficazes.
Há uma suspeita por parte do governo americano de que Teerã esteja fazendo a mesma coisa. Segundo a Casa Branca, empresas de segurança alertaram que identificaram vestígios de ação cibernética iraniana, que teria como principal alvo redes estratégicas do setor de energia norte-americano, incluindo fornecedores de petróleo e gás.
;Maliciosas;
No sábado, a principal autoridade de segurança cibernética do Departamento de Segurança Interna americano, Chris Krebs, divulgou um comunicado alertando que as atividades iranianas ;maliciosas; no ciberespaço estavam em ascensão. Segundo ele, esses ataques poderiam ser destrutivos por natureza. ;O que pode começar como um comprometimento de conta, no qual você acha que pode perder dados, rapidamente pode se tornar uma situação em que você perdeu toda a sua rede;, disse.