Nas eleições municipais de 31 de março, uma figura emergente da oposição, Ekrem Imamoglu, venceu em Istambul por uma ligeira vantagem em relação ao candidato de Erdogan, o ex-primeiro-ministro Binali Yildirim.
O resultado foi anulado depois que o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), a formação conservadora islâmica do presidente, apresentou recursos para "irregularidades em massa".
A oposição, que rejeita estas acusações, denuncia um "golpe contra as urnas" e considera as novas eleições uma "batalha pela democracia".
Mais do que uma eleição municipal, as eleições em Istambul serão um teste sobre a popularidade de Erdogan e do AKP, em um momento de sérias dificuldades econômicas. "Quem vencer em Istambul vence na Turquia", diz o presidente.
Para Erdogan está em jogo conservar uma cidade com mais de 15 milhões de habitantes, capital econômica e cultural do país, controlada por seu partido há 25 anos.
A oposição procura infligir a primeira grande derrota de Erdogan desde 2003.
Seja qual for o resultado do domingo, Erdogan não sairá ileso: se ele perder, será uma nova derrota humilhante; e se ele vencer, será uma vitória marcada pelo cancelamento das eleições de março.