; Segunda-feira, 17
Veneno do bem
Especialistas do Instituto de Biotecnologia da Universidade Nacional Autónoma do México anunciaram que conseguiram isolar e produzir dois compostos químicos, presentes naturalmente no veneno do escorpião, eficazes no combate a tipos resistentes da tuberculose, bem como à bactéria Staphylococcus aureus, capaz de provocar pneumonia e septicemia. Os cientistas mexicanos, que tiveram o apoio de pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, afirmam que as as substâncias encontradas no veneno são eficientes para conter o crescimento de células cancerígenas sem danos às células normais do tecido pulmonar.
; Terça-feira, 18
Combate ao câncer de próstata
Estudo publicado na revista científica Gene Therapy mostra que a combinação de um vírus geneticamente modificado e um quimioterápico se mostrou eficaz, em camundongos, no combate ao câncer de próstata. O trabalho, desenvolvido por especialistas do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é resultado de quatro anos de pesquisas. Os pesquisadores constataram ainda que a associação deixava as células tumorais mais sensíveis ao tratamento, reduzindo a quantidade de medicamento necessária para tratar a doença, o que diminuiu os efeitos colaterais. O estudo utilizou um vírus da família do adenovírus e o gene p53, presente nos camundongos e nos seres humanos, que tem a função de atuar no combate às células que ameaçam o organismo. Os resultados positivos ocorreram quando a combinação foi utilizada com a droga cabazitaxel, quimioterápico que costuma ser usado em pacientes com a doença.
; Quarta-feira, 19
Europeus desconfiam mais das vacinas
Uma pesquisa mundial, encomendada pela organização de caridade médica britânica Wellcome Trust, mostra que os europeus têm os níveis mais baixos de confiança nas vacinas. Realizado pelo Gallup World Poll, entre abril e dezembro de 2018, o estudo revelou que as pessoas que vivem em países de alta renda têm o menor nível de crédito nas imunizações, resultado que coincide com o auge do movimento antivacinas no qual grupos de pessoas se negam a acreditar nos seus benefícios ou diretamente a consideram perigosa. A França lidera essa desconfiança. Um terço dos franceses (33%) não acreditam que a imunização seja segura, segundo a consulta feita a mais de 140 mil pessoas maiores de 15 anos em 144 países. No extremo oposto, Bangladesh e Ruanda têm os índices mais altos de confiança. Globalmente, 79% das pessoas acreditam que as vacinas são seguras e 84% que são eficazes.
; Quinta-feira, 20
Sinais precoces de Parkinson
Pesquisadores do King;s College London afirmam que os primeiros sinais da doença de Parkinson no cérebro podem ser encontrados entre 15 e 20 anos antes dos sintomas aparecerem. De acordo com os cientistas, exames realizados em um pequeno número de pacientes considerados de alto risco mostraram disfunções no sistema de serotonina do cérebro, que controla o humor, o sono e o movimento. O grupo de especialistas reconhece que é necessária a realização de estudos mais amplos, mas estão animados com as perspectivas, destacando que essa constatação pode resultar a novos tratamentos e métodos de monitoramento da enfermidade, uma degeneração neurológica progressiva tem entre os principais sintomas tremores, movimentos involuntários e rigidez. Acredita-se que a doença esteja ligada à redução de uma substância chamada dopamina. O novo estudo, publicado na revista científica Lancet Neurology, mostra que mudanças nos níveis de serotonina ocorrem primeiro, num alerta precoce.
; Sexta-feira, 21
Lixo dividido em 45 categorias
Não há coleta de lixo na pequena cidade japonesa de Kamikatsu, localizada 530 quilômetros a sudoeste de Tóquio. Os 1,5 mil habitantes vão ao aterro sanitário para pacientemente classificar o entulho em 45 categorias, que variam de travesseiros a escovas de dentes, garrafas (dependendo do tipo de vidro), recipientes diferentes, objetos de metal, etc. O objetivo final é reciclar tudo. Localizada nas montanhas, Kamikatsu tem a meta de reciclar todo o lixo sem enviar nada para os incineradores até 2020. Muitos municípios japoneses exigem a classificação do lixo, mas geralmente em um pequeno número de categorias (plástico, lata, papel, etc.), e a maioria dos resíduos domésticos são incinerados. Kamikatsu passou a fazer diferente depois que recebeu um ultimato: em 2000, o município recebeu a ordem de fechar uma de suas duas incineradoras, que não cumpria as normas de poluição. A localidade está perto de alcançar seu objetivo, com uma taxa de reciclagem de 80% de suas 286 toneladas de resíduos produzidos em 2017, bem acima da média nacional de apenas 20%.