Xi Jinping, que viaja com sua mulher, Peng Liyuan, e com o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, chegou à capital norte-coreana às 11h40 local (23h40 Brasília), de acordo com imagens da TV estatal.
A visita, que terminará na sexta-feira (21/6), é a primeira de um presidente chinês desde 2005, e nos anos recentes as relações bilaterais foram afetadas, a ponto de a China se somar às sanções internacionais contra Pyongyang por seu programa nuclear.
Xi e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, se esforçaram pessoalmente para recompor a relação entre os dois países, mas o segundo esperou até 2018 para sua primeira viagem à China. No ano passado, os dois líderes se encontraram em quatro oportunidades.
Xi escreveu um incomum artigo, publicado na primeira página do jornal oficial da Coreia do Norte, no qual destaca o vínculo "insubstituível" entre os dois países, na véspera da viagem a Pyongyang.
Com sua visita, Xi pode demonstrar que a China ainda tem influência sobre seu aliado da Guerra Fria e desempenhar um papel nos esforços para convencer Pyongyang a abandonar seu programa nuclear.
Xi também pode usar sua posição como uma "moeda de troca" na guerra comercial com os Estados Unidos, de acordo com o especialista.
Apesar de Trump ter prometido a Kim um fabuloso desenvolvimento econômico caso Pyongyang renuncie a seu programa nuclear, Xi espera recordá-lo do papel central de Pequim, que responde por nada menos que 90% do comércio exterior norte-coreano.
As principais avenidas e praças da capital norte-coreana estão decoradas com emblemas e bandeiras dos dois países.
A viagem ocorre uma semana antes da Cúpula do G20 no Japão, da qual participarão o presidente chinês e o líder americano, Donald Trump.