Dezoito pessoas detidas desde maio durante protestos contra o governo de Nicolás Maduro foram libertadas, enquanto se espera a chegada à Venezuela da alta comissária da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
O grupo de manifestantes estava em instalações da Guarda Nacional e da polícia do Estado de Yaracuy e foi liberado na véspera, informou nesta quarta-feira o deputado opositor Luis Parra. Ao comemorar a notícia, Parra afirmou que os manifestantes "não são delinquentes" e nunca deveriam ter sido presos.
Com isso, subiu para 21 os chamados "presos políticos" liberados nas últimas 48 horas. Entre eles está o deputado oposicionista Gilber Caro, que havia sido detido quase dois meses antes por membros da polícia política, denunciaram o congressista e advogados do detido. O ativista Alfredo Romero, diretor da organização humanitária Foro Penal, informou que, apesar das últimas libertações, havia ainda 693 "presos políticos" no país.
Para o governo, há presos apenas por crimes comuns. A questão deve ser um dos pontos que grupos de direitos humanos devem abordar em encontro nesta quinta-feira com Bachelet, também ex-presidente do Chile. O presidente Nicolás Maduro afirmou que seu governo tem "expectativas muito grandes sobre sua visita e de toda sua equipe", referindo-se a Bachelet. O líder oposicionista Juan Guaidó celebrou a visita e afirmou que a oposição fará protestos nesta sexta-feira em todo o país para exigir ações de combate à crise atual e para pressionar pela saída de Maduro do poder. Fonte: Associated Press.