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Inteligência artificial impulsiona a radiologia


O estudo para a criação do novo exame endovascular começou há aproximadamente três anos. Por enquanto, os testes foram feitos apenas no modelo de vasos sanguíneos impresso em 3D. Dessa forma, a equipe apresentou os resultados da prova de conceito. Ainda não foram avaliados os riscos da tecnologia para uso em humanos, que acontecerá em uma nova etapa da pesquisa.

A estimativa é de que a tecnologia chegue ao mercado em dois anos. ;Estamos nos estágios iniciais e buscamos aprovação para que ela possa ser aplicada durante o atendimento ao paciente. Estudos adicionais estão em andamento;, afirma Wayne Monsky, professor de radiologia da Universidade de Washington e principal autor do estudo.

Ezequiel Nubio, coordenador do curso de radiologia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), acredita que outras novidades nesse sentido serão lançadas também em pouco tempo. ;A cada ano, surgem equipamentos e métodos capazes de tornar os diagnósticos mais precisos, permitindo que os pacientes tenham acesso a um tratamento médico de qualidade. Em um futuro próximo, a inteligência artificial revolucionará os exames de imagem;, aposta.

Professor de tecnologias educacionais da Universidade Federal da Fronteira do Sul (UFFS), Carlos Roberto França chama a atenção para a importância do conhecimento humano nesse processo. ;O uso das tecnologias pode e deve auxiliar na área médica de forma abrangente, mas precisa de uma certa reserva e muita cautela em relação aos diagnósticos. Creio que ajudará em muitos casos, mas, em alguns, a resposta pode ser imprecisa ou não atingir os parâmetros usuais;, pondera. (CM*)

Palavra de especialista

Riscos não ofuscam os benefícios

;Acredito que a tecnologia deve auxiliar, mas substituir os métodos tradicionais por completo, por enquanto, ainda não. No campo da radiologia, também existem benefícios e malefícios, como tudo na vida, mas, sem dúvidas, os efeitos indesejáveis ou colaterais são bem reduzidos e não conseguem empobrecer ou tirar o brilho dos benefícios que serão alcançados com o uso da realidade virtual. Acredito que, cada vez mais, a realidade virtual estará nos smartphones, na palma da mão dos usuários e com aplicativos que permitam experiências. A tendência, agora, é que essa tecnologia seja usada em treinamentos de pilotos de aeronaves, combates urbanos e situações do dia a dia das forças militares e civis;

Carlos Roberto França, professor de tecnologias educacionais da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)