No último 25 de março, Donald Trump reconheceu a soberania de Israel sobre a parte das Colinas do Golã que Israel tomou da Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou em 1981, decisão que não é reconhecida pela comunidade internacional.
"O Golã é israelense e sempre será", declarou Netanyahu, depois de descrever Trump como "um grande amigo de Israel, que tomou decisões nunca antes tomadas".
Em torno de uma grande mesa, o Conselho de Ministros se reuniu excepcionalmente em uma tenda no norte das Colinas de Golã e, na presença do embaixador americano David Friedman, votou para batizar de "Ramat Trump" o assentamento que será construído em uma localidade habitada atualmente por quatro famílias de colonos.
"O presidente Trump volta a mostrar seu compromisso com a segurança e o futuro de Israel", disse Netanyahu, lembrando que o americano transferiu a embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém em maio de 2018.
Mudança real?
A inauguração de uma nova colônia, "o que não acontece há muitos anos, irá impulsionar o desenvolvimento das Colinas", afirmou Netanyahu, que prometeu investimentos em residências e na construção de estradas, e também em educação e turismo.
O morador da colônia Vladimir Pelopezkovsky, 75, manifestou à AFP suas dúvidas: "Não estou convencido de que estas promessas trarão uma mudança real."
Cerca de 23.000 drusos, uma minoria religiosa, árabe e muçulmana, igualmente presente na Síria e no Líbano, vivem na parte do Golã ocupada e anexada por Israel, bem como 25.000 colonos israelenses que chegaram depois de 1967.
Esses drusos são apátridas. Perderam a nacionalidade síria e muitos rejeitaram a identidade israelense. Consideram-se sírios e se opõem radicalmente à anexação do território por Israel.
Em 1949, o governo israelense batizou uma localidade de Kfar Truman (Aldeia de Truman em hebraico), para agradecer ao presidente americano, Harry Truman, por ter sido o primeiro a reconhecer a independência de Israel, em 14 de maio de 1948.