Fayez al Sarraj, que dirige um governo com sede em Trípoli, crê que a ofensiva lançada há mais de dois meses pelas forças do homem forte do leste da Líbia, o marechal Khalifa Haftar, para controlar a capital, está condenada ao fracasso.
"Partindo da minha responsabilidade nacional e apesar da brutal ofensiva que continuaremos combatendo e vencendo, apresento hoje uma iniciativa política para sair da crise", disse Fayez al Sarraj, numa mensagem transmitida pelo canal de televisão "Libia al Wataniya", instalado em Trípoli.
"Em coordenação com a Missão de Apoio da ONU na Líbia" (Manul), Sarraj propôs a realização de um "foro líbio" para reunir "as forças nacionais política e socialmente influentes e partidárias de uma solução pacífica e democrática".
Esta iniciativa prevê também a realização simultânea de "eleições presidenciais e legislativas antes do fin de 2019", apesar de não apresentar uma data.
Após dois meses de uma ofensiva para tomar a capital Trípoli, as forças de Haftar, inicialmente baseado em Bengasi, e sua milícia o Exército Nacional Líbio (ENL), seguem paradas perto de Trípoli.
Ambas partes se negaram até agora a negociar cessar fogo.
A Líbia está mergulhada no caos desde a queda -com apoio ocidental- do ditador Muammar Kadafi, em 2011, que abriu o caminho para a luta entre dois governos paralelos no país.