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Trump defende conversas secretas com governos estrangeiros

No Twitter, Trump argumentou que conversa com governos estrangeiros''todos os dias'' e fala com eles sobre ''todos'' os temas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, respondeu nesta quinta-feira (13) a chuva de críticas recebidas por afirmar que voltaria a aceitar informação incriminatória sobre seus rivais políticos de parte de uma potência estrangeira.

"Chamar o FBI para falar dessas convocações e reuniões? Que ridículo! Ninguém confiaria nunca mais em mim", escreveu Trump em sua conta do Twitter.

"Minhas respostas completas nunca aparecem nos meios de comunicação de Notícias Falsas. Deliberadamente, deixam de fora as partes importantes", ressaltou.

Os tuítes de Trump se referem às críticas recebidas depois da transmissão de uma entrevista na rede ABC na quarta-feira à noite, em que Trump disse que voltaria a aceitar informação sensível de um oponente oferecida por um país como a Rússia.

"Acho que gostaria de escutar... Não há nada de mau em escutar", respondeu Trump ao ser perguntado sobre o que faria se recebesse uma oferta dessa natureza por parte da Rússia, ou da China.

Suas declarações reavivaram a controvérsia sobre uma reunião na Trump Tower em junho de 2016, na qual estiveram presentes o assessor da Casa Branca e genro de Trump Jared Kushner, o então chefe de campanha de Trump, Paul Manafort, e uma advogada russa que ofereceu informação "suja" sobre a candidata democrata Hillary Clinton.

No Twitter, Trump argumentou que conversa com governos estrangeiros "todos os dias" e fala com eles sobre "todos" os temas, desviando a atenção da essência das críticas, que apontam seus vínculos com países que são considerados rivais perigosos dos Estados Unidos.

As declarações de Trump na entrevista da ABC geraram fortes reações em Washington.

"Fiz 150 campanhas e nunca aceitei informação comprometedora de NENHUM governo estrangeiro, muito menos um governo adversário", escreveu em sua conta do Twitter David Axelrod, que foi diretor de campanha de Barack Obama.

"Não façamos de conta que uma coisa assim é normal. Ou legal. Ou aceitável", frisou.