"Espero que maneiras possam ser encontradas para reduzir a tensão atual por meio do diálogo", afirmou em um discurso Yukiya Amano, o diretor do organismo das Nações Unidas.
Em 8 de maio, o Irã anunciou que, após a reintrodução de sanções pelos Estados Unidos, não se sentia mais obrigado por certas restrições impostas no acordo de 2015, especialmente no que diz respeito a suas reservas de água pesada e enriquecido de urânio.
Um ano antes, o presidente americano Donald Trump anunciou a saída de seu país do acordo e voltou a impor sanções contra a República Islâmica.
Apesar da retirada dos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China permanecem como parte do acordo.
"Como reiterei repetidamente, os compromissos assumidos pelo Irã no acordo de 2015 representam um progresso significativo para a verificação nuclear" e é, portanto, "essencial" que o Irã continue a respeitá-los, acrescentou Amano.
Com esse acordo, que deveria acalmar os temores da comunidade internacional sobre o acesso do Irã à bomba atômica, Teerã concordou em limitar drasticamente seu programa nuclear em troca de uma suspensão das sanções contra a sua economia.
Nesta segunda-feira, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, pediu ao governo do Irã que respeite o acordo internacional sobre seu programa nuclear e "mantenha o diálogo com a Europa".
Maas fez a declaração antes de uma reunião de uma hora com o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, que no domingo afirmou que os europeus "são os menos indicados para criticar o Irã".
O governo iraniano reclama que os europeus não cumpriram os compromissos assumidos no acordo internacional sobre seu programa nuclear de 2015.
Maas afirmou aos jornalistas que o pacto é "de importância capital" para a Europa.
"Não queremos que o Irã tenha armas nucleares", disse.
"Ao lado da Alemanha e da União Europeia temos um objetivo comum: conservar (o acordo nuclear), encerrar as tensões e os conflitos na região e permitir ao povo iraniano que se beneficie dos efeitos econômicos do acordo", declarou Zarif após a reunião.
Após a saída de Washington, Teerã ameaçou deixar de cumprir progressivamente o acordo, a não ser que os demais sócios, em particular os europeus, ajudem o país a evitar as novas sanções econômicas.
O Irã deu prazo de dois meses aos europeus, chineses e russos para concretizar os seus compromissos, em particular nos setores petroleiro e bancário.