"A Nasa abre a Estação Espacial Internacional para oportunidades comerciais", anunciou em Nova York o diretor financeiro da agência espacial americana, Jeff DeWit.
De acordo com o diretor-adjunto da estação, Robyn Gatens, "a Nasa vai autorizar duas missões curtas de astronautas privados por ano".
As missões vão durar até 30 dias, afirmou a agência. Potencialmente, uma equipe com pelo menos 12 astronautas privados poderá visitar a estação a cada ano.
Estes "astronautas privados" serão transportados pelas duas companhias que estão desenvolvendo veículos para a Nasa: SpaceX, com a cápsula Crew Dragon, e a Boeing, que constrói a Starliner.
Estas empresas vão escolher os turistas e cobrar a viagem, que será a parte mais cara da aventura: cerca de 58 milhões de dólares. Este é o mesmo valor que a Nasa pagará ambas as companhias pelo transporte de seus astronautas.
Os turistas pagarão a agência espacial pela estada em órbita, comida, água e todo o sistema de suporte vital a bordo. "Custará cerca de 35.000 dólares por noite e por astronauta", completou DeWit.
A ISS não é exclusiva da Nasa. O projeto foi iniciado junto com a Rússia em 1998, e outros países participam e também enviam astronautas.
Os Estados Unidos têm e controlam a maioria dos módulos.
Estes turistas espaciais não serão os primeiros. O empresário americano Dennis Tito esteve na estação em 2001, após pagar cerca de 20 milhões de dólares à Rússia.