Desde 1979, o Irã institucionalizou o "Dia de Al-Qods" (Jerusalém, em árabe) na última sexta-feira do Ramadã, em apoio aos palestinos. Desde então, a data vem sendo comemorada todos os anos.
Este ano, o ato aconteceu em um momento delicado para o Iraque, no meio da tensão crescente entre seus dois grandes aliados, Washington e Teerã.
Nesta sexta, membros armados e com uniformes das Brigadas do Hezbollah e da milícia Al-Nuyaba, dois grupos xiitas armados, atearam fogo a esses símbolos dos EUA em uma praça do leste da capital iraquiana.
Sob os retratos do aiatolá Khomeini, vários grupos armados paramilitares desfilaram, levando cartazes com frases como "Não ao plano do século" - uma alusão ao futuro plano de paz americano para o Oriente Médio, defendido por Trump.
Há um ano, Washington se retirou unilateralmente do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano e restabeleceu sanções econômicas contra a República Islâmica.
Também incluiu os Guardiães da Revolução, o exército de elite iraniano, na lista americana de organizações "terroristas", piorando a situação.
No início de maio, os EUA reforçaram sua presença militar no Oriente Médio para enfrentar supostas "ameaças iranianas", o que fez temer uma confrontação armada.