O Ministério Público estabeleceu que a estrutura abrigava os migrantes na Guatemala depois de sua entrada por terra e usava a passagem fronteiriça de Gracias a Dios, em Huehuetenango, para chegar ao México e continuar seu trajeto para os Estados Unidos.
"A rede cobrava de 11.000 e 12.000 dólares por adulto e 3.500 dólares por menores de idade", disse a porta-voz, Julia Barrera.
Segundo a procuradoria, a estrutura mobilizou pelo território guatemalteco aproximadamente 800 migrantes por ano e teria tido lucros no montante de 10 milhões de dólares.
A operação tem "como finalidade desarticular uma estrutura penal dedicada ao trânsito ilegal de pessoas provenientes da América do Sul, América Central e também guatemaltecos, com destino final aos Estados Unidos", informou a porta-voz sobre a investigação iniciada em 2018.
A Unidade contra o Tráfico Ilícito de Migrantes da Procuradoria realizou 12 buscas nos departamentos (províncias) de Guatemala (sul), San Marcos (sudeste), Quetzaltenango (oeste) e Jalapa (leste).
Oito pessoas foram detidas, incluindo a suposta líder da quadrilha, Lidia Mérida, suspeitas de tráfico ilícito de pessoas e associação ilícita.
A equipe do Departamento de Segurança Nacional americano apoiou as autoridades guatemaltecas, segundo Barrera.
O norte da América Central, integrado por El Salvador, Guatemala e Honduras, tem sido origem desde outubro passado de uma onda de caravanas migratórias de milhares de pessoas que desejam chegar aos Estados Unidos.