As vítimas foram identificadas pela prefeitura de Biguaçu (SC) como Fabiano de Souza, 41 anos, Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos, e os filhos Caroline, que completaria 15 anos nesta semana, e Felipe, 13 anos. Eles eram moradores da região, localizada no Balneário de São Miguel.
Um dos outros dois brasileiros que faleceram era um outro biguaçuense, Jonathas Nascimento Kruger, 30 anos (que é irmão de Débora), e a esposa dele, Adriane Krueger, natural de Goiânia. O casal morava na cidade de Hortolândia (SP).
A Prefeitura decretou luto oficial por três dias no município devido à comoção pública vivida em toda cidade após o ocorrido. ;A Prefeitura de Biguaçu está em contato com autoridades estaduais e federais para tratar de questões como o traslado dos corpos e local para realização do velório coletivo;, diz em nota.
Entenda
Os familiares haviam alugado um apartamento, por meio de uma plataforma na internet, no centro de Santiago. Eles estavam há uma semana na cidade. O grupo passou mal e, nesta quarta, uma das pessoas chegou a ligar para um tio, falando frases desconexas.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, esse familiar acionou o consulado brasileiro. O cônsul foi até o local, mas ninguém abriu a porta. Enquanto isso, os celulares das vítimas tocavam no interior do apartamento sem resposta. Após arrombar o imóvel, a polícia encontrou os brasileiros, quatro adultos e dois adolescentes de 13 e 14 anos, já mortos.
"Havia seis pessoas mortas, quatro adultos e dois menores. Possivelmente, a morte foi causada por emanação de gás", disse o comandante Rodrigo Soto. Quando a polícia chegou ao apartamento, notou que todas as janelas estavam fechadas, o que pode ter provocado a grande concentração de gás.
O caso aconteceu em um edifício localizado na Rua Santo Domingo, a doze quadras do Palácio de la Moneda, sede do governo chileno e ponto turístico na cidade. Agentes do Corpo de Bombeiros fizeram a evacuação imediata do prédio - ruas adjacentes também foram interditadas. Depois, realizaram medições do ar no apartamento e descobriram altas concentrações de monóxido de carbono, gás que não emite odor, mas cuja inalação provoca a morte.
O segundo comandante do Corpo de Bombeiros de Santiago, Diego Velásquez, disse que a equipe trabalha para esclarecer o que causou a morte dos turistas. Segundo ele, não está descartada a hipótese de que as mortes estejam relacionadas com o tipo de calefação usada nos apartamentos. Na noite desta quarta, bombeiros buscavam possíveis escapamentos de gás no local.
Com informações da Agência Estado