Nova York, Estados Unidos - O arquiteto americano de origem chinesa Ieoh Ming Pei, um dos mais originais e prolíficos do século XX, autor da pirâmide do Museu do Louvre, em Paris, morreu nesta quinta-feira (16/5) aos 102 anos, confirmaram fontes do estúdio de arquitetura de seus filhos, Pei Partnership Architects.
Mais cedo, o jornal The New York Times tinha informado sua morte, citando seu filho Chien Chung Pei.
I. M. Pei impôs um conceito de modernidade do classicismo em seus projetos audaciosos.
Considerado o último grande mestre da arquitetura moderna e ganhador do prestigioso prêmio Pritzker, equivalente ao Nobel da arquitetura, em 1983, também é autor de grandes obras, como o Museu de Arte Islâmico, em Doha, Catar, e da ala leste da Galeria Nacional de Arte em Washington DC.
Nascido em 26 de abril de 1917 em Cantão, na China, Ieoh Ming Pei foi para os Estados Unidos em 1935 para estudar no MIT, onde se formou. Depois ele estudou design na Universidade de Harvard (1948), onde foi aluno de Walter Gropius, fundador do Bauhaus e um dos teóricos do estilo internacional.
Naturalizado americano em 1954, foi professor adjunto em Harvard (1945-1948), diretor de arquitetura no estúdio Webb & Knapp (1948-1955), antes de fundar seu próprio estúdio, o I.M. Pei e associados, em 1955.
Ele foi responsável por construções como a Prefeitura de Dallas, no Texas (1978), a Biblioteca J.F. Kennedy em Boston (1982) e o Hotel Xiangshan, em Pequim (1983).
Em 83, embora não fosse muito conhecido na França, foi encarregado pelo presidente Fraçois Mitterand de repensar o Louvre. Seu projeto audacioso, que despertou reação apaixonadas, foi inaugurado em 1988.