A polícia prendeu Juan José Fernández (42 anos), um vendedor ambulante que estava foragido desde o crime cometido contra o coordenador de transportes da província de La Rioja (noroeste), Marcelo Yadón (58), e o deputado Héctor Olivares (61), que segue hospitalizado em estado crítico.
"O caso está esclarecido e confirmamos que não foi um crime político. O alvo do assassinato era Yadón", declarou a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, ao canal A24.
A prisão aconteceu em uma cabana na cidade de Concepción del Uruguay (centro-leste, 300 km de Buenos Aires). "Trabalhamos com a hipótese de um ataque pessoal. Vamos reunir todos os investigadores para encerrar o quebra-cabeças", disse Bullrich.
Olivares está no Centro de Terapia Intensiva (CTI). "Foi operado e sua vida está em risco", afirmou Pablo Rossi, vice-diretor do hospital Ramos Mejía.
Marcelo Yadón morreu no local do tiroteio. Ele era coordenador do Fundo Fiduciário de Transporte Elétrico da província de La Rioja (noroeste) e amigo do deputado, com quem tinha uma rotina de exercícios.
Olivares, adjunto da província de La Rioja do partido UCR (União Cívica Radical), foi baleado na região abdominal, com perfuração no fígado, no cólon, no pâncreas e nos dutos biliares.
O tiroteio ocorreu às 07h00 do horário local (10h00 em Brasília), em plena luz do dia, quando os dois caminhavam pela praça em frente ao Congresso Nacional.
O local, em um ponto central da capital, é controlado 24 horas por inúmeras câmeras de segurança e a presença de policiais é comum.
Na quinta, Bullrich divulgou em uma coletiva de imprensa o vídeo do momento do ataque que foi registrado por uma câmera de segurança. É possível ver as duas vítimas quando são baleadas a curta distância, ao passar por um carro estacionado, do qual dois atacantes descem.
O ataque provocou, inicialmente, comoção política. Mas a tensão diminuiu após a divulgação das suspeitas de motivação pessoal.
O presidente Mauricio Macri havia prometido na quinta-feira em uma mensagem televisionada que a investigação seria levada "até o fim para determinar os culpados".
A imprensa argentina tem apontado que o motivo do crime teria o suposto envolvimento amoroso de Yadón, casado e com filhos, com uma filha de Fernández, que era contra o romance.