O ministro da Justiça do Chipre, Ionas Nicolaou, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira (30), após o clamor popular sobre a falta de investigação de supostos assassinatos em série de sete mulheres e meninas estrangeiras.
Nicolaou informou que entregou sua renúncia ao presidente Nicos Anastasiades por razões de "princípios e consciência", acrescentando que não estava pessoalmente envolvido no caso que passou despercebido por quase três anos.
Um suspeito identificado pela mídia cipriota como Nicos Metaxas, um oficial do exército grego-cipriota de 35 anos, confessou os sete crimes, considerados os primeiros assassinatos em série na ilha do Mediterrâneo.
"Informei o presidente da decisão de renunciar ao cargo de ministro da Justiça por razões de responsabilidade política", disse Nicolaou a repórteres quando fez o anúncio.
Ele também pediu à comissão de denúncias da polícia para iniciar uma investigação independente para determinar quem é o responsável, indicando que era evidente a falta de investigação inicial do caso das sete vítimas.
A polícia encontrou os corpos de duas filipinas, uma mulher que se acredita ser nepalesa e uma quarta ainda não identificada em dois lagos nos arredores de Nicósia, depois que turistas descobriram um primeiro corpo em 14 de abril.
A polícia está à procura de outros três corpos: uma filipina de seis anos e uma romena e sua filha.
As autoridades cipriotas foram acusadas de não terem investigado os primeiros desaparecimentos devido a negligência e racismo.