Segundo as primeiras pesquisas de boca de urna da GAD3 para a RTVE, o partido socialista garantiu entre 116 e 121 cadeiras do Parlamento. Caso feche um acordo com o Unidas Podemos, Sánchez poderá ter até 166 deputados em sua base de apoio.
A boa notícia para Sánchez, de acordo com as pesquisas de boca de urna, é que os partidos que assinaram a moção de censura que derrubou Mariano Rajoy do poder (fazendo com que Sánchez se tornasse o primeiro-ministro, em junho do ano passado) podem ter feito até 195 cadeiras no Parlamento. Isso indicaria a proximidade de um acordo que colocaria fim ao impasse político do país.
Crescimento da extrema direita
A grande surpresa das urnas foi o Vox, partido de extrema direita, que obteve, também segundo a boca de urna, cerca de 12% dos votos e fez entre 36 e 38 parlamentares. É a primeira vez, desde a redemocratização da Espanha, que a direita radical se fará presente no Congresso.Apesar do descrédito em relação aos políticos, os espanhóis surpreenderam os especialistas e marcaram presença nas seções eleitorais acima do esperado. Mais de 61% dos cidadãos aptos a votarem cumpriram o papel previsto na democracia. Em 2016, pouco mais de 51% dos espanhóis foram às urnas. Os maiores crescimentos se deram nas regiões da Catalunha, de Aragão, de Madri e de Castilla-La Mancha. A última vez em que mais de 70% dos eleitores votaram na Espanha foi em 2008, com a reeleição de José Luis Zapateiro.
As eleições na Espanha foram marcadas pela tranquilidade, a despeito da disputa acirrada entre cinco candidatos. Tradicionalmente, os espanhóis se dividiam entre o PSOE, de esquerda, e o PP, de direita. O PP, de acordo com as pesquisas de boca de urna, teria feito de 69 a 73 cadeiras no Parlamento. O Ciudadanos, também de direita, entre 48 a 49 parlamentares. O Unidas Podemos, da esquerda mais radical, ficou com 42 a 45.