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Partido extremista espanhol apostou nas redes sociais

Pequeno, o partido Vox, de extrema direita, que até dezembro não tinha representação parlamentar, faz das redes sociais seu maior trunfo. O perfil da legenda do Instagram conta com mais de 250 mil seguidores. O Vox também mantém um contato direto com seus eleitores por mensagens de WhatsApp. O número de filiados ao partido já passa de 15 mil e Madri deve ganhar uma nova sede até a metade do ano. Para tentar superar a imagem de rigidez, o Vox conta com o apoio de figuras públicas de renome: um comediante, um ex-apresentador de TV e um toureiro estão entre as personalidades que aderiram ao partido mais recentemente. Muito da popularidade do Vox nos últimos anos se deve à imagem de um líder virtuoso e de retórica poderosa. Santiago Abascal, presidente do partido, é elegante e inteligente. Filho de um político basco do Partido Popular (PP, conservador), sofreu diversas ameaças de morte e chegou a carregar uma pistola para se proteger. Na semana passada, o Vox se envolveu em uma polêmica. Às vésperas dos debates mais importantes da TV, um na emissora Antena 3, do grupo Atresmedia, e outro na televisão estatal, TVE, a junta eleitoral impediu o partido de participar. O órgão alegou problemas de "proporcionalidade", de acordo com as pesquisas de intenção de voto. A decisão foi tomada depois da reclamação de alguns partidos regionais. "Lamentável. Isso é vergonhoso", declarou o Vox, em nota oficial à imprensa. Desta forma, os debates contaram apenas com três candidatos: Pedro Sánchez, do Partido Socialista (PSOE), Pablo Casado (PP), Albert Rivera, do Ciudadanos, e Pablo Iglesias, do Podemos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.