Jornal Correio Braziliense

Mundo

Assange não terá 'tratamento especial' no país, diz premiê australiano

Há sete anos, Assange gozava de asilo na embaixada do Equador em Londres. Esse status terminou de maneira brusca na quinta-feira, quando foi preso


Sydney, Austrália - O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, não receberá um "tratamento especial" de seu país de nascimento, após sua detenção no Reino Unido - disse o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, nesta sexta-feira (12/4).

Há sete anos, Assange gozava de asilo na embaixada do Equador em Londres. Esse status terminou de maneira brusca na quinta-feira (11/4), quando foi preso, e a polícia o tirou arrastado da missão diplomática.

Depois, um tribunal o declarou culpado de ter violado sua liberdade condicional britânica em 2012, podendo ser condenado a um ano de prisão.

Após sua detenção, o Departamento americano de Justiça anunciou que pediu sua extradição para julgá-lo por ter ajudado a ex-analista de Inteligência Chelsea Manning a acessar milhares de documentos de defesa confidenciais em 2010.

Em campanha eleitoral, Morrison garantiu hoje que Assange terá o mesmo apoio que qualquer outro australiano que esteja com problemas no exterior. Afirmou ainda que a extradição é uma "questão dos Estados Unidos".

"Não tem nada a ver conosco. Tem a ver com os Estados Unidos", disse ele à televisão nacional ABC. "Há um processo judicial que será seguido por meio de uma série de questões [...] Receberá o mesmo apoio consular que qualquer outro australiano nestas circunstâncias", completou.