O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, reconheceu na manhã desta segunda-feira, 8, a aproximação de agenda com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele negou, no entanto, que isso signifique alinhamento automático à agenda de Washington.
"Dizem que somos trumpistas, o que é um pouco verdade. Admiro muito o presidente Trump e as mudanças que ele trouxe aos Estados Unidos", afirmou Araújo, durante reunião com conselheiros da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Reagan
Para o chanceler, além de trumpista, ele é seguidor do pensamento do ex-presidente americano Ronald Reagan. "Admiro muito os princípios de patriotismo e abertura econômica que Reagan introduziu", disse.
'Espinho encravado'
Araújo rebateu ainda as críticas à visita do presidente Jair Bolsonaro e dele a Trump, há duas semanas. Para o ministro, esta rejeição é fruto de um "antiamericanismo, um espinho encravado na nossa carne".
"O presidente e eu fomos lá e arrancamos este espinho. E isso dói. Mas quando cicatrizar, as pessoas vão ver que era necessário arrancar", disse o ministro.
Na sequência, ele refutou a tese de alinhamento automático. "O que há é um desejo de rotulagem dos críticos", comentou.