Milhares de manifestantes conseguiram chegar neste sábado à entrada do quartel-general do exército sudanês em Cartum, pela primeira vez desde o início, há três meses, dos protestos contra o governo no país.
Em resposta a um apelo da Aliança pela Liberdade e a Mudança, que lidera o movimento de protesto, milhares de sudaneses se reuniram nas ruas da capital e gritaram "um exército, um povo" para pedir a renúncia do presidente Omar Al Bashir, que está no poder há 30 anos.
O presidente sudanês, que enfrenta a maior onda de protestos desde que chegou ao poder, declarou em 22 de fevereiro estado de emergência em todo país para tentar conter os protestos quase diários que pedem sua saída.
As manifestações começaram em 19 de dezembro, após a decisão do governo de triplicar o preço do pão em um país afetado por uma grave crise econômica. De acordo com um balanço oficial, 31 pessoas morreram nas manifestações. A ONG Human Rights Watch (HRW) cita 51 mortes.