A Boeing anunciou nesta sexta-feira que reduzirá sua produção mensal de aviões da linha 737 após dois recentes e mortais acidentes envolvendo o modelo 737 MAX.
A gigante aeroespacial americana planeja produzir a partir do meio de abril 42 aparelhos 737 por mês, dez a menos que a escala atual.
A Boeing também anunciou a instalação de uma comissão que examinará as políticas de design e desenvolvimento de seus aviões.
Imediatamente após o anúncio, as ações do grupo caíram 1,6% nas negociações posteriores ao fechamento de Wall Street.
O chefe-executivo da empresa, Dennis Muilenburg, descreveu como temporal a redução da produção e disse que não afetará nem os postos de trabalhos nem outros programas relacionados aos aparelhos 737.
"Estamos coordenando junto a nossos clientes enquanto trabalhamos para mitigar o impacto deste ajuste", informou o executivo através de um comunicado.
A Boeing manteve a fabricação do 737 desde o acidente de 10 de março com a aeronave da Ethiopian Airlines que deixou 157 mortos, o segundo envolvendo esse modelo nos últimos cinco meses.
Desde então, a empresa não consegue entregar os pedidos de aviões a seus clientes, o que afetará seus lucros .
A divulgação do balanço financeiro da companhia está previsto para 24 de abril.