O governo venezuelano afirmou nesta quinta-feira que a eletricidade foi restaurada na "imensa maioria" do país, depois do grave apagão ocorrido na segunda-feira, atribuído por Maduro a "ataques terroristas" dos Estados Unidos e da oposição.
"Podemos dizer que a grande maioria do povo venezuelano está desfrutando da energia elétrica", disse o ministro das Comunicações, Jorge Rodriguez, em um comunicado à imprensa no palácio presidencial em Miraflores.
Rodríguez ratificou as acusações do presidente Nicolás Maduro de que na terça-feira houve um novo ataque com "rifles de alto calibre", provocando um incêndio nos estaleiros da usina hidrelétrica de Guri (estado de Bolívar, sul), que gera 80% da eletricidade consumida pelo país.
Segundo o funcionário, desde o último dia 7 de março houve "sabotagens" de "grandes magnitudes" contra o sistema elétrico.
"Não podemos reivindicar a vitória ainda (...), porque eles persistirão nos ataques", disse Rodriguez, culpando Washington e o líder da oposição Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como presidente encarregado da Venezuela e que ele descreveu como "o maior psicopata".
Na noite de quarta-feira, Maduro cogitou um possível racionamento de energia durante uma ligação telefônica com a emissora estatal VTV. "Vamos passar dias em que teremos que ir à administração organizada de cargas para estabilizar" o serviço, disse o presidente socialista sem dar detalhes.
Especialistas questionam as alegações de sabotagem como a origem dos apagões, que são comuns na Venezuela há uma década, argumentando que eles são devidos à falta de investimento em infraestrutura e corrupção.