O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta terça-feira que um "incêndio de grande magnitude" causado por "terroristas" prolonga o apagão que paralisa o país petrolífero desde segunda-feira.
Segundo um comunicado divulgado por Maduro pelo Twitter, "o sistema nacional de eletricidade sofreu dois ataques terroristas desonestos nas mãos de violentos" com "objetivos desestabilizadores".
O primeiro dos ataques, diz Maduro, ocorreu às 13h29, horário local, na segunda-feira (17h29 GMT), na área de geração e transmissão da usina hidrelétrica de Guri, no estado de Bolívar (sul), que fornece 80% da energia da Venezuela.
O segundo teria sido registrado às 21h47 (01h47 GMT de terça-feira), quando o trabalho de recuperação atingiu "os níveis mais altos de geração" desde 7 de março, dia em que se registrou um apagão que perturbou o país por uma semana.
"Mãos criminosas causaram um grande incêndio no pátio de transmissão de Guri, afetando os três transformadores que o compõem e toda a fiação necessária para os propósitos de transmissão", disse o comunicado.
No Twitter, o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, transmitiu vídeos e fotos de instalações elétricas consumidas pelas chamas.
Em um discurso no Parlamento da maioria opositora, o presidente do Legislativo, Juan Guaidó, rejeitou a versão oficial.
"Não há explicação sensata e crível (...), não é mais um ataque cibernético ou um pulso eletromagnético, agora é uma sabotagem, quando eles militarizaram cada uma das instalações elétricas", disse o opositor.
O governo de Maduro culpou os Estados Unidos pelos supostos ataques.
Os fatos, de acordo com o documento publicado por Maduro, demonstram a "ausência de limites desses terroristas protegidos pelas cúpulas belicistas que compõem a estrutura militar, financeira e midiática dos supremacistas que agora exercem (...) o poder nos Estados Unidos".