Após compromissos oficiais, e enquanto manifestantes realizavam um protesto contra Bolsonaro no centro de Santiago, no Chile, o presidente resolveu passear a cerca de 20 quilômetros do local e comer hambúrguer. O protesto contra ele foi organizado no Paseo Bulnes, uma rua dedicada a pedestres e palco frequente de manifestações nas proximidades do Palácio de La Moneda, sede do governo chileno.
Bolsonaro saiu do hotel onde está hospedado por volta das 18h30 e voltou cerca de duas horas depois. Nesse período, foi ao shopping Alto Las Condes, em uma região nobre de Santiago, a 15 quilômetros do local dos protestos. Nos corredores do centro comercial, cumprimentou pessoas, posou para fotos e segurou crianças no colo.
Dali, foi à hamburgueria Dr. Jack, no mesmo bairro, onde ficou cerca de uma hora com assessores. Bolsonaro pediu hambúrguer com cebola e tomate e bebeu suco de abacaxi. Gastou cerca de 12 mil pesos chilenos, o equivalente a R$ 69 reais. De acordo com o gerente do estabelecimento, Juan Pablo Vera, cada integrante da comitiva pagou sua despesa individualmente com cartão de crédito. "Ele Bolsonaro apenas disse que estava bem, acenou e mais nada", relatou o gerente.
A reserva no local foi feita pela assessoria de Bolsonaro sete horas antes. A condição foi que o segundo andar da hamburgueria fosse reservada ao grupo. No local, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, também comeu hambúrguer e pediu um chope para beber.
Ao sair da hamburgueria, o presidente atendeu a outros pedidos de fotos.
Mais cedo, ao ser questionado sobre os protestos que seriam realizados em Santiago, Bolsonaro minimizou as manifestações. "No Brasil, também tem meia dúzia que protesta contra mim o tempo todo. Se tem aqui, é normal", disse.