O gestor comercial moçambicano Fernando Matheus Nhabomba, 27 anos, mora há seis meses em Beira. No dia 14 de março passado, a cidade portuária de 500 mil habitantes ficou 90% destruída depois da passagem do ciclone Idai. O número de mortos, que deve subir nas próximas horas, chega a 242. Pelo menos 15 mil pessoas aguardam serem resgatadas, muitas delas em cima de árvores ou sobre os telhados de casas. Fernando gravou um vídeo a pedido do Correio Braziliense e falou sobre a situação em Beira.
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[SAIBAMAIS]O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, estimou que o número de mortes pode passar de mil somente em seu país e decretou três dias de luto. Moçambique foi o país mais afetado pelo ciclone, que também atingiu Zimbábue e Malauí.
A prioridade é ajudar as milhares de pessoas que encontraram refúgio nas árvores, telhados ou ilhotas. Em alguns lugares, o nível da água atingiu até seis metros. Mas os socorristas, vencidos pela magnitude da catástrofe, enfrentam um dilema.
"Infelizmente, não podemos ajudar a todos. Por isso, nossa prioridade são as mulheres, as crianças e os feridos", disse Caroline Haga, da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
A previsão do tempo, que anuncia mais chuva para os próximos dias, deve "piorar a situação", alertou o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
(Com informações da Agência Estado e agências internacionais)