Um dos principais cartões-postais de Nova York, o edifício Chrysler está prestes a ser vendido com forte prejuízo, segundo informou o Wall Street Journal. O prédio deve encontrar um novo proprietário por US$ 150 milhões, disse o jornal, citando fonte próxima ao assunto.
Em 2008, o Mubadala, fundo de investimento de Abu Dabi, havia comprado 90% do Chrysler Building, um arranha-céu que já apareceu em dezenas de filmes, por cerca de US$ 800 milhões. Os 10% restantes foram adquiridos pela administradora Tishman Speyer.
O edifício deve agora ser repassado para uma companhia especializada em ativos imobiliários, a RFR Holdings - nem os compradores nem os vendedores comentaram as informações publicadas pelo WSJ e por outros veículos de imprensa norte-americanos ao longo do dia de ontem.
O Chrysler Building foi colocado à venda no fim de janeiro. Mas por quê, então, a venda está sendo feita por um preço tão inferior e com um prejuízo tão expressivo? Segundo fontes ligadas ao acordo, os donos do edifício são obrigados a pagar um aluguel mensal pelo uso do terreno sobre o qual a construção foi erguida.
O preço desse aluguel tem crescido rapidamente. Até o ano passado, segundo a CNN, o valor era de US$ 7,75 milhões; a obrigação foi reajustada para US$ 32,5 milhões no ano passado e vai ultrapassar a marca de US$ 40 milhões em 2028.
Além disso, os novos donos do edifício não podem fazer o que quiserem para torná-lo mais eficiente. Há restrições para o uso do Chrysler, uma vez que ele é considerado um marco cultural de Nova York. (AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.