O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira sanções contra cinco funcionários "alinhados ao ilegítimo ex-presidente Nicolás Maduro", da Venezuela, que continuariam a reprimir a democracia e atores democráticos no país e a se envolver com fraudes contra a população local. O governo do presidente americano, Donald Trump, já reconheceu anteriormente Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, como líder interino legítimo do país, em desafio a Maduro.
Guaidó se autoproclamou presidente e busca apoio interno e externo para retirar Maduro do cargo. Este, porém, mantém aliança com alguns países, como China, Rússia e Turquia.
As sanções americanas de hoje têm como alvos o diretor do Serviço Nacional de Inteligência (Sebin), Manuel Ricardo Cristopher Figuera, e o primeiro-comissário do Sebin, Hildemaro José Rodríguez Mucura; o comandante da Diretoria-Geral de Contrainteligência, Iván Rafael Hernández Dala; e o diretor das Forças de Ações Especiais da Polícia (Faes), Rafael Enrique Bastardo Mendoza. Além disso, o comunicado do Tesouro americano impõe sanção e qualifica como "ilegítimo" o presidente da estatal Petroleos de Venezuela (PdVSA), Manuel Salvador Quevedo Fernández.
Com a sanção, todas propriedades e interesses em solo americano dos cinco indivíduos citados serão bloqueados. Segundo o Tesouro, as sanções não precisam ser permanentes e podem "levar a uma mudança positiva de comportamento". "Os EUA têm deixado claro que avaliarão a retirada de sanções para pessoas...que adotem medidas concretas e significativas para restaurar a ordem democrática", diz o texto. Os EUA buscam que mais atores na Venezuela passem a apoiar Guaidó para haver uma transição de governo. (Gabriel Bueno da Costa - gabriel.costa@estadao.com)