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Autoridades localizam 69 corpos em fossas clandestinas no oeste do México

As primeiras fossas foram localizadas em 3 de fevereiro e desde então as autoridades encontraram dezenas, dentro de dois terrenos na comunidade de Santa Rosa

Pelo menos 69 corpos foram localizados em várias fossas clandestinas no município de Tecomán, no estado de Colima, oeste do México, onde legistas trabalham há nove dias, anunciou na terça-feira o Ministério Público estadual.

As primeiras fossas foram localizadas em 3 de fevereiro e desde então as autoridades encontraram dezenas, dentro de dois terrenos na comunidade de Santa Rosa.

A Promotoria de Colima informou que recebe o apoio do governo federal para a continuidade das buscas. Os corpos foram localizados por peritos em quase 50 sepulturas em vários pontos dos terrenos.

As autoridades informaram que os corpos correspondem a adultos e que alguns foram enterrados há mais de cinco anos.

Representantes do governo estadual se reuniram com parentes de pessoas consideradas desaparecidas na região para obter mostras de DNA e dados que possibilitem uma eventual identificação dos corpos. "A partir da recuperação dos primeiros corpos, a Direção de Serviços Periciais iniciou os trabalhos de identificação", anunciou o MP em um comunicado.

Colima, na costa do Pacífico, registrou um aumento da violência por estar localizado em um ponto estratégico para o tráfico de drogas. A região faz fronteira com Jalisco e Michoacán, estados com forte presença de cartéis do narcotráfico.

Na semana passada, o governo do presidente Andrés Manuel López Obrador anunciou um plano nacional para localizar mais de 40.000 pessoas reportadas como desaparecidas, muitas delas vítimas da violência ligada ao narcotráfico.

O governo informou que mais de 1.100 fossas clandestinas foram localizados e quase 26.000 corpos ainda não foram identificados. Em estados como Chihuahua, Durango e Veracruz foram registradas fossas clandestinas com quase 200 corpos.

Em Veracruz, peritos trabalham desde o ano passado em um terreno onde, segundo testemunhas, estariam enterradas quase 500 pessoas.

O governo afirma que a maioria dos desaparecidos são jovens com idades entre 17 e 29 anos. A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) informou que em 11 anos foram localizadas mais 1.300 fossas, com quase 4.000 corpos.

Além dos desaparecidos, desde dezembro de 2006, quando teve início uma operação militar antidrogas, mais de 200.000 pessoas morreram em atos violentos, de acordo com números oficiais que não citam quantos casos estariam ligados ao crime.