O Catar prometeu nesta quarta-feira completar a reforma de sua legislação trabalhista para melhorar as condições dos trabalhadores, após as críticas da Anistia Internacional (AI).
Na terça-feira (5/2), a ONG dos direitos humanos alertou que o Catar poderia não cumprir suas promessas de melhorar as condições de centenas de milhares de trabalhadores imigrantes no país antes do início da Copa do Mundo, em 2022.
A Anistia Internacional revelou em um relatório que, apesar das incipientes reformas, as condições de vida e de trabalho de muitos trabalhadores imigrantes no Catar seguem sendo difíceis. "O Catar entende que as mudanças são necessárias e segue decidido a aplicá-las o mais rapidamente possível, velando ao mesmo tempo para que sejam eficientes e adaptadas às condições de nosso mercado de trabalho", respondeu nesta quarta-feira em comunicado o governo catariano.
"Uma mudança eficiente e duradoura leva tempo e é a isso que nos comprometemos", completaram as autoridades do país.
A Anistia Internacional pede ao Catar que reforce e faça respeitar as leis sociais, que aumente o salário mínimo dos trabalhadores imigrantes e que acabe com as práticas de algumas empresas de confiscar os passaportes de seus funcionários.
A ONG pede também o fim do sistema chamado de "kafala", ou de apadrinhamento, que deixa os trabalhadores estrangeiros a mercê de seus empregadores.