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Senadores americanos pedem explicações de Zuckerberg sobre app espião

Senadores democratas enviaram documentos pedindo que Mark Zuckerberg dê respostas sobre os dados coletados pelo aplicativo Facebook Research, criado pela rede social. O app coletava informações pessoais de usuários - como mensagens - em troca de US$ 20 por mês. O escândalo foi revelado na noite de terça-feira, 29, pelo site americano TechCrunch. A resposta dos congressistas se deu poucas horas depois, com cartas enviadas a Zuckerberg na quarta-feira, 30. Responsável por desenvolver leis que vão regulamentar o serviço de coletas de dados nos Estados Unidos, como era feito no Facebook Research, Mark Warner foi um dos que escreveu para o executivo. "Tenho a preocupação de que os usuários não estivessem adequadamente informados sobre a extensão da coleta de dados do Facebook e os propósitos comerciais dessa coleta de dados. A aparente falta de transparência total do Facebook com os usuários - particularmente no contexto dos esforços de "pesquisa" - tem sido uma fonte de frustração para mim", disse. No documento, enviado ao presidente da rede social, Warner questiona ainda se Zuckerberg vai apoiar a legislação que exige consentimento individualizado em casos de pesquisas comportamentais de usuários. O senador Richard Blumenthal disse que o Facebook é anticompetitivo e pede a órgãos reguladores americanos que criem uma investigação sobre o caso. "A escuta de adolescentes não é pesquisa e nunca deve ser permissível. Este é mais um exemplo surpreendente do total desrespeito do Facebook pela privacidade dos dados e pela vontade de se envolver em comportamento sem competição", diz. Já o senador Edward Markey disse que o Facebook foi manipulador quando decidiu oferecer dinheiro para recrutar adolescentes participantes da pesquisa. "Eu recomendo vivamente que o Facebook cesse imediatamente o recrutamento de adolescentes para o seu Programa de Pesquisa e proíba explicitamente que menores de idade participem. O Congresso também precisa aprovar uma legislação que atualize as regras de privacidade on-line das crianças para o século XXI." A rede social ainda não se pronunciou sobre os documentos enviados pelos congressistas.