A relatora especial da ONU sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, Agn;s Callamard, anunciou nesta terça-feira (29/1) que em maio divulgará seu relatório sobre o assassinado do jornalista saudita Jamal Khashoggi no consulado de seu país, em Istambul.
O texto será apresentado na sessão de junho na instância da ONU. Callamard foi recebida na segunda-feira (28/1) por dois ministros turcos, no primeiro dia de uma visita à Turquia centrada na morte de Khashoggi.
Durante a sua visita de vários dias, Callamard tentará esclarecer a morte, em 2 de outubro de 2018, do jornalista Jamal Khashoggi, colaborador do Washington Post, assassinado por agentes sauditas no consulado de seu país em Istambul.
Quase quatro meses depois de sua morte, o corpo do jornalista continua desaparecido. O homicídio mergulhou a Arábia Saudita em uma grave crise diplomática e manchou a reputação do príncipe herdeiro, Mohamed Bin Salman, que foi acusado por responsáveis americanos e turcos de ter ordenado o assassinato.
Riad atribuiu a morte a elementos "incontroláveis". O julgamento contra 11 suspeitos começou no início de janeiro na Arábia Saudita e o procurador-geral pediu pena de morte para cinco deles.
Kenneth Roth, diretor da Human Rights Watch, destacou, por sua vez, que Callamard é uma "relatora especial" e não tinha autoridade para falar em nome da ONU.