O consultor político Roger Stone, que participou da última campanha eleitoral de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, foi solto após pagar uma fiança de US$ 250 mil, informam diversos veículos de imprensa americanos.
Stone havia sido preso na manhã desta sexta-feira pelo FBI em Fort Lauderdale, na Flórida, sob acusações de obstrução de procedimento oficial, falso testemunho e coação de testemunha relacionadas ao seu envolvimento com a campanha do republicano. A prisão, autorizada por um júri federal do Distrito de Columbia, foi embasada em termo de acusação assinado pelo conselheiro especial que investiga a interferência russa na eleição de 2016, Robert Mueller.
O documento aponta que o consultor político participou oficialmente da equipe de Trump na corrida à Casa Branca até agosto de 2015 "e manteve contato regular com e apoiou publicamente a campanha de Trump durante a eleição de 2016".
Em um tuíte em 3 de dezembro do ano passado, o presidente americano escreveu que o Stone não seria "forçado" a "inventar mentiras" sobre ele "por um promotor de justiça trapaceiro e fora de controle". O promotor a que Trump se referiu é Robert Mueller.
Naquela mensagem, o presidente americano atribuiu a Stone a seguinte afirmação: "Eu nunca vou depor contra Trump." Além dessa suposta citação e das críticas a Mueller, o mandatário também comentou que é "bom saber que algumas pessoas ainda têm ;tripas;", usando uma expressão em inglês associada à coragem.
A porta-voz do governo americano, Sarah Huckabee Sanders, afirmou mais cedo que as acusações feitas contra Stone não têm nada a ver com Trump.
Questionada sobre se por meio do tuíte publicado no mês passado Trump estava encorajando o ex-assessor de campanha a praticar falso testemunho, obstrução e os demais crimes de que Stone é acusado por Mueller, Sanders respondeu: "Essa é provavelmente uma das perguntas mais ridículas e insultantes, de acusar o presidente dos Estados Unidos de pedir a alguém que viole a lei. Isso é, francamente, apenas insultante. Isso simplesmente não é verdade."