Os líderes da Europa e da China entraram em cena nesta quarta-feira (23/01) para abordar questões comerciais no Fórum Econômico de Davos, onde a situação na Venezuela voltará à pauta de um encontro de presidentes latino-americanos.
Após o discurso do presidente Jair Bolsonaro, protagonista da edição de 2019 do fórum, na terça-feira, europeus e chineses devem roubar a atenção da elite econômica e política reunida na exclusiva estação de esqui suíça.
O vice-presidente chinês Wang Qishan deve pronunciar um discurso no qual pode abordar questões comerciais, em plena guerra de tarifas entre Pequim e Washington.
Também está previsto que as duas partes negociem à margem da agenda oficial do fórum, apesar de o presidente Donald Trump e os membros de seu governo terem decidido não ir à Suíça devido à paralisação parcial do governo.
Os cerca de 3.000 participantes estarão muito atentos ao discurso de Wang Qishan, sobretudo no contexto atual de desaceleração da economia chinesa, que preocupa empresários e governos do mundo todo.
Os europeus também estarão presentes, com a chanceler alemã Angela Merkel. Mas este ano é marcado pelas ausências do presidente francês, Emmanuel Macron, em plena crise dos "coletes amarelos", e da primeira-ministra britânica, Theresa May, que tenta alcançar uma saída para o Brexit.
Estarão presentes o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, que vai apresentar a economia espanhola ao mundo e deve se reunir com diretores de várias multinacionais, bem como o chefe do governo italiano, Giuseppe Conte.
Sánchez tem agendados encontros com a número dois do Facebook, Sheryl Sandberg, pouco após a decisão de seu governo de taxar ainda mais as grandes empresas tecnológicas americanas - Google, Amazon, Facebook e Apple.
Os países latino-americanos, com uma presença expressiva em Davos neste ano, continuam mantendo o protagonismo nesta quarta, sobretudo devido à situação da Venezuela, que preocupa os líderes regionais.
Está agendada para esta noite uma reunião sobre a crise no país com a participação, entre outros, dos presidentes do Brasil (Bolsonaro), Colômbia (Iván Duque), Equador (Lenín Moreno) e Peru (Martín Vizcarra), bem como representantes de várias instituições internacionais.
O encontro tem por objetivo buscar uma "resposta global à crise humanitária da Venezuela", que levou milhões de venezuelanos ao exílio e representa um desafio humanitário e econômico para a região.
Na terça, a Venezuela já esteve no centro das discussões de presidentes e atores econômicos da América Latina, que pediram soluções para uma crise que demanda, para uns, posições "firmes", e para outros, mais diálogo com o presidente Nicolás